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Como diagnosticar a infertilidade masculina?

Quando um casal não consegue engravidar, o ideal é que procure por ajuda médica, seja pelo ginecologista ou pelo urologista especializados em infertilidade, para iniciar uma investigação do casal.

No caso da infertilidade masculina, um histórico detalhado do paciente, como por exemplo,  informações sobre seus antecedentes familiares e pessoais, a exposição a produtos químicos ou radioterapia, caxumba na infância ou uso de medicamentos será muito importante. O exame físico nos testículos poderá acrescentar informações essenciais para o diagnóstico. Eles poderão ser facilmente examinados quanto ao tamanho, consistência e volume, e as características normalmente alteradas nas azoospermias não obstrutivas podem ser detectadas à palpação.

A investigação da infertilidade prossegue com a análise seminal completa, o espermograma, dosagens dos hormônios responsáveis pela atividade testicular e se necessário uma pesquisa genética de microdeleção do cromossomo Y e cariótipo. O espermograma deve ser feito em laboratório especializado, com técnicas laboratoriais em amostras de sêmen realizadas de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde.

Existem outras análises que são indicadas em situações específicas, como teste de radicais livres de oxigênio ou fragmentação do DNA espermático.

Seguindo as etapas de investigação da infertilidade masculina, algumas vezes pode-se seguir um tratamento sem utilizar técnicas de Reprodução Assistida para gerar um bebê.

Espermograma, Infertilidade

A quem pertencem óvulos e sêmen dos mortos?

Falar sobre o uso dos gametas congelados pós-morte do paciente é ainda um assunto delicado, gera muitos questionamentos e requer cuidado em sua abordagem.

As leis baseadas nesse tipo de situação variam de país para país.

Aqui no Brasil, por exemplo, não é tido como infração ética inseminação “post mortem” segundo o Conselho Federal de Medicina, porém é imprescindível que haja uma autorização expressa do genitor morto, o mesmo vale para países como EUA, Inglaterra e Austrália. Já países como Itália e Canadá proíbem.

O assunto “morte” no momento em que alguém resolve congelar seus gametas para uso futuro não soa muito agradável, mas é preciso sim deixar tudo documentado, assinar termos de consentimentos e esclarecer todas as dúvidas para não haver nenhum problema caso isso ocorra no futuro.

Sêmen, Doação de Sêmen, Óvulos, Leis

Técnicas de Processamento Seminal para homens HIV positivo

As técnicas de Reprodução Humana Assistida têm como objetivo aumentar a probabilidade de se obter gravidez em casais que tenham sido diagnosticados com infertilidade, por diversas razões.

Uma circunstância particular é o caso em que o homem é soropositivo para HIV e a mulher não é (casal soro discordante). Neste caso, para evitar o contágio do HIV do homem para a mulher, utilizam-se métodos de processamento seminal que eliminam o vírus da amostra de sêmen, uma vez que o vírus do HIV é encontrado apenas no liquido seminal, os espermatozoides e seu material genético não carregam o vírus.

O sêmen é preparado em laboratório através de técnicas especiais para diminuir ao mínimo as possibilidades de contágio do HIV do homem à mulher. Uma alíquota dessa amostra preparada é enviada para o laboratório de genética para quantificar a carga viral e a outra parte é criopreservada em nitrogênio líquido. Caso o resultado da análise genética seja negativo para HIV, a amostra congelada no laboratório poderá ser liberada com segurança para ser utilizada em procedimentos de Reprodução Assistida.

No Lab Saúde Reprodutiva oferecemos esse serviço também para amostras com o vírus da Hepatite C. Casais sorodiscordantes podem sonhar hoje sim com a maternidade e paternidade sem riscos.

Processamento Seminal, HIV

Criação de espermatozoides in vitro

Sabemos que o processo de desenvolvimento do espermatozoide chamado espermatogênese, inicia- se a partir de uma célula germinativa primária, a espermatogônia. No final de 2104, pesquisadores franceses conseguiram criar espermatozoides humanos in vitro a partir de células testiculares “imaturas” (espermatogônias) retiradas através de biópsias testiculares de pacientes.

Essa notícia foi recebida com prudência, mas saudado como uma promessa por especialistas para o tratamento da infertilidade masculina. Pesquisadores receberam o anúncio como algo promissor, ainda que mantendo prudência sobre o seu alcance. “Se funcionar, o método traz grandes perspectivas”, afirma Nathalie Rives, diretora do Centro de Reprodução Assistida do Hospital de Rouen, entrevistada pelo jornal “Le Figaro”.

No entanto, Nathalie mantém reservas “sobre a extensão da descoberta”, considerando que “não está excluído” que os adultos com uma completa ausência de espermatozoides (azoospermia) apresentem “anomalias genéticas que também impeçam a espermatogênese (processo de produção de esperma) in vitro”.

Este estudo abre caminho para terapias inovadoras para preservar e restaurar a fertilidade masculina, um problema real na sociedade global, onde observamos há 50 anos uma diminuição de 50% na contagem de esperma”, segundo a companhia francesa Kallistem. Eles afirmam que “estudos pré-clínicos devem durar até 2016 e os ensaios clínicos devem começar em 2017”. O objetivo é comercializar a tecnologia em cinco anos.

Espermatozoides, In Vitro

Coleta alternativa de espermatozoides para técnica de Reprodução Assistida

Quando não há possibilidade de conseguir espermatozoides através da ejaculação, podem-se realizar em alguns casos, procedimentos invasivos que retiram os espermatozoides do epidídimo ou do testículo para serem utilizados em técnicas de Reprodução Assistida. Esses espermatozoides serão utilizados na fertilização do óvulo ou poderão ser criopreservados para uso futuro.

PESA:

É realizada uma punção com agulha fina no epidídimo, de onde é retirada uma pequena amostra de líquido seminal e os espermatozoides viáveis são recuperados. Esta é a técnica mais comumente utilizada em homens que fizeram vasectomia.

MESA:

A retirada dos espermatozoides é realizada do epidídimo com auxílio de microscópio cirúrgico. O epidídimo é aberto e o fluido seminal é aspirado. Geralmente realizamos em casos de agenesia dos duetos deferentes.

TESA:

Nessa técnica, os espermatozoides são retirados por uma minúscula biópsia de tecido testicular através de uma agulha fina.

MICROTESE:

Microcirurgia que possibilita a retirada dos espermatozoides diretamente dos ductos seminíferos, onde eles estão em maior concentração. Esta técnica é utilizada em homens que não eliminam espermatozoides pela ejaculação, mas fabricam em pequena quantidade. A vantagem quando comparada com outras técnicas é o fato de o urologista ir diretamente ao local onde existem túbulos dilatados e provavelmente espermatozoides, com uma única incisão no testículo, utilizando um microscópio cirúrgico.

Reprodução Assistida, Espermatozoides

Produção de espermatozoides

Os espermatozoides são as células reprodutivas do sexo masculino. Eles são fabricados no interior dos testículos por um processo denominado espermatogênese, onde as células percursoras são multiplicadas e maturadas até formar os espermatozoides. O espermatozoide maduro é uma célula móvel, formada basicamente por cabeça, peça intermediária e cauda.

O homem começa a produzi-los por volta dos 13 anos de idade, no período da puberdade, e continua produzindo até o fim da vida, porém em menor quantidade.

Para a formação do ejaculado, os espermatozoides juntam-se a dois líquidos, o fluido seminal, que é liberado pelas vesículas seminais para auxiliar no transporte dos espermatozoides, e o líquido prostático, que é liberado pela próstata e ajuda a neutralizar a acidez, protegendo os espermatozoides.

Espermatozoides, Produção de Espermatozoides

A doação de sêmen no Brasil

A doação de sêmen e suas regras ainda são marcadas por inúmeras controvérsias, devido ao fato de cada país ter sua legislação específica para as técnicas de Reprodução Assistida. Isso acaba gerando confusão e muitas dúvidas.

No Brasil, as leis são mais rígidas que nos Estados Unidos, por exemplo. Lá, o anonimato é facultativo, o doador pode ou não se identificar no ato da doação. Já aqui no Brasil a doação é obrigatoriamente anônima, excluindo possibilidades do filho gerado pela doação ter acesso a qualquer dado pessoal do doador. O acesso a esses dados só é possível em casos extremamente específicos e delicados, como por exemplo, em casos de morte, onde é preciso realizar identificação por carga genética. Ainda assim, é preciso obter uma decisão judicial junto ao Conselho Federal de Medicina.

As dúvidas surgem quando o casal decide importar amostra de sêmen de outro país. Nesse caso, se o casal fizer o procedimento de reprodução assistida nesse outro país, a lei que vigora é a lei de lá. Já se o casal fizer todo o procedimento aqui no Brasil, o que vale é a lei brasileira. Portanto, se o procedimento for feito aqui, a amostra escolhida deve ser de um doador que optou pelo anonimato, para não quebrar a regra do Brasil.

Atualmente, o tema está em pauta por conta da situação vivida pelos personagens Júlia e Pedro, da novela “Sete Vidas”, transmitida pela Rede Globo de Televisão. Na novela, os personagens descobrem ser gerados pela mesma amostra de sêmen, descobrindo-se meio-irmãos.

Nos Estados Unidos, isso é possível através de um site chamado “Donor Sibling Registry”, onde os meio-irmãos se encontram através de uma senha registrada na doação. Já no Brasil, até seria possível encontrar seus meio-irmãos, porém não teria como encontrar o pai, devido a lei no anonimato que o protege no momento da doação.

Sêmen, Doação de Sêmen