Skip to main content

Importação de sêmen para tratamento de Reprodução Humana Assistida

As técnicas de Reprodução Humana Assistida são empregadas para auxiliar pacientes/casais no tratamento da infertilidade. 


Existem algumas situações em que é utilizado sêmen de doador para otimizar esses tratamentos, como por exemplo, casais com fator masculino importante, casais homoafetivos e mulheres que desejam a reprodução independente.


Uma opção para essas pacientes/casais é importar amostras de sêmen de Bancos Internacionais, como do Califórnia Cryobank, banco de sêmen representado pelo Lab Saúde Reprodutiva aqui no Brasil.


Segundo relatório produzido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgado agora em 2017, solicitações para a importação de amostras de sêmen aumentaram significativamente – de 2011 a 2016.

grafico 11

Esse relatório apresenta números inéditos, como o crescimento importante de importação do material por casais homoafetivos nos últimos três anos. O grupo que apresentou maior crescimento foi o de casais homoafetivos de mulheres, em 279%, seguido pelo grupo de mulheres solteiras, em 114% e pelo de casais heterossexuais, em 85%, isso no período de 2015 a 2016, como podemos observar no gráfico abaixo.

grafico 81

Outro dado relatado foi a característica fenotípica mais comum procurada pelos brasileiros nos bancos de sêmen internacionais: caucasianos (95%) de cabelos castanhos (64%) e olhos azuis (52%).

O relatório ainda mostra que 79% das amostras importadas no período de 2014 a 2016 foram destinadas a BCTGs da região Sudeste, número esperado considerando que 56% dos BCTGs do Brasil ficam nessa região.

Esse foi o primeiro relatório oficial com estatísticas relacionadas às importações de sêmen pelos representantes brasileiros, porém já é possível observar o aumento significativo num período curto de tempo, e, segundo a Anvisa, a tendência é que aumente a procura por bancos de sêmen internacionais.

Sêmen, Importação de Sêmen, Reprodução Humana

Nem todos os espermatozoides do sêmen são móveis

A motilidade dos espermatozoides é um dos parâmetros mais importantes para a análise seminal e, consequentemente, na determinação da fertilidade masculina, pois somente espermatozoides móveis são capazes de “nadar” pelo muco cervical, migrar pelo sistema reprodutor feminino, penetrar o óvulo e realizar a fertilização.

No espermograma, um dos exames que mais realizamos aqui no Lab Saúde Reprodutiva, esse parâmetro é analisado com o auxílio de uma câmara de contagem com microscopia de fase aumentada 200 vezes.

Segundo a OMS, existem 3 classificações para a motilidade dos espermatozoides:

  • Progressivos – Espermatozoides móveis com progressão rápida ou lenta;

  • Não Progressivos – Espermatozoides móveis sem progressão;

  • Imóveis – Espermatozoides imóveis.

Segundo a OMS, o valor normal de referência é acima de 32% de espermatozoides progressivos na amostra.

Espermatozoides imóveis não necessariamente estão mortos. Quando o paciente apresenta uma porcentagem elevada de espermatozoides IMÓVEIS realizamos o teste da vitalidade, que avalia quantos destes espermatozoides imóveis estão vivos.

Com um diagnóstico deste, o casal deverá buscar ajuda de especialistas em Reprodução Humana Assistida. Nesses casos, a equipe do laboratório de embriologia será capaz de selecionar o melhor espermatozoide para injetar no ovulo, mesmo que ele esteja imóvel.

E como isso é possível?

Com a análise do teste de vitalidade dentro dos parâmetros de normalidade, a seleção do gameta para a técnica de ICSI é realizada por uma embriologista com o auxilio de uma agulha muito fina . O espermatozoide escolhido, apesar de imóvel, deve apresentar uma cauda flexível, dessa maneira se faz a injeção desse espermatozoide no óvulo e acompanha-se a evolução do desenvolvimento do embrião.

As taxas de fertilização são menores quando comparamos com técnicas realizadas com espermatozoides móveis, mas ainda sim temos a esperança de conseguir um embrião para futura transferência para a mãe.

Espermograma, Espermatozoides

Espermograma – O dia da coleta

Quando o paciente agenda um exame de espermograma, certamente fica pensativo com relação ao ambiente que irá encontrar no laboratório.

Entendemos que alguns homens apresentam dificuldade para realizar coletas de sêmen, por conta do constrangimento, receio e insegurança.  Por isso o LAB conta com alguns diferencias para proporcionar um ambiente discreto, acolhedor e tranquilo para seus pacientes, visando sempre a discrição, conforto e uma coleta satisfatória.

O apoio da companheira pode fazer muita diferença. É muito importante que ela entenda a dificuldade e nervosismo dele, e transforme em algo positivo, apoiando e deixando-o mais seguro para realizar o exame. Muitas vezes o casal apresenta dificuldades para lidar com a questão de infertilidade e é necessário que haja companheirismo e compreensão de ambas as partes.

Espermograma

Como diagnosticar a infertilidade masculina?

Quando um casal não consegue engravidar, o ideal é que procure por ajuda médica, seja pelo ginecologista ou pelo urologista especializados em infertilidade, para iniciar uma investigação do casal.

No caso da infertilidade masculina, um histórico detalhado do paciente, como por exemplo,  informações sobre seus antecedentes familiares e pessoais, a exposição a produtos químicos ou radioterapia, caxumba na infância ou uso de medicamentos será muito importante. O exame físico nos testículos poderá acrescentar informações essenciais para o diagnóstico. Eles poderão ser facilmente examinados quanto ao tamanho, consistência e volume, e as características normalmente alteradas nas azoospermias não obstrutivas podem ser detectadas à palpação.

A investigação da infertilidade prossegue com a análise seminal completa, o espermograma, dosagens dos hormônios responsáveis pela atividade testicular e se necessário uma pesquisa genética de microdeleção do cromossomo Y e cariótipo. O espermograma deve ser feito em laboratório especializado, com técnicas laboratoriais em amostras de sêmen realizadas de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde.

Existem outras análises que são indicadas em situações específicas, como teste de radicais livres de oxigênio ou fragmentação do DNA espermático.

Seguindo as etapas de investigação da infertilidade masculina, algumas vezes pode-se seguir um tratamento sem utilizar técnicas de Reprodução Assistida para gerar um bebê.

Espermograma, Infertilidade

A quem pertencem óvulos e sêmen dos mortos?

Falar sobre o uso dos gametas congelados pós-morte do paciente é ainda um assunto delicado, gera muitos questionamentos e requer cuidado em sua abordagem.

As leis baseadas nesse tipo de situação variam de país para país.

Aqui no Brasil, por exemplo, não é tido como infração ética inseminação “post mortem” segundo o Conselho Federal de Medicina, porém é imprescindível que haja uma autorização expressa do genitor morto, o mesmo vale para países como EUA, Inglaterra e Austrália. Já países como Itália e Canadá proíbem.

O assunto “morte” no momento em que alguém resolve congelar seus gametas para uso futuro não soa muito agradável, mas é preciso sim deixar tudo documentado, assinar termos de consentimentos e esclarecer todas as dúvidas para não haver nenhum problema caso isso ocorra no futuro.

Sêmen, Doação de Sêmen, Óvulos, Leis

Técnicas de Processamento Seminal para homens HIV positivo

As técnicas de Reprodução Humana Assistida têm como objetivo aumentar a probabilidade de se obter gravidez em casais que tenham sido diagnosticados com infertilidade, por diversas razões.

Uma circunstância particular é o caso em que o homem é soropositivo para HIV e a mulher não é (casal soro discordante). Neste caso, para evitar o contágio do HIV do homem para a mulher, utilizam-se métodos de processamento seminal que eliminam o vírus da amostra de sêmen, uma vez que o vírus do HIV é encontrado apenas no liquido seminal, os espermatozoides e seu material genético não carregam o vírus.

O sêmen é preparado em laboratório através de técnicas especiais para diminuir ao mínimo as possibilidades de contágio do HIV do homem à mulher. Uma alíquota dessa amostra preparada é enviada para o laboratório de genética para quantificar a carga viral e a outra parte é criopreservada em nitrogênio líquido. Caso o resultado da análise genética seja negativo para HIV, a amostra congelada no laboratório poderá ser liberada com segurança para ser utilizada em procedimentos de Reprodução Assistida.

No Lab Saúde Reprodutiva oferecemos esse serviço também para amostras com o vírus da Hepatite C. Casais sorodiscordantes podem sonhar hoje sim com a maternidade e paternidade sem riscos.

Processamento Seminal, HIV

Criação de espermatozoides in vitro

Sabemos que o processo de desenvolvimento do espermatozoide chamado espermatogênese, inicia- se a partir de uma célula germinativa primária, a espermatogônia. No final de 2104, pesquisadores franceses conseguiram criar espermatozoides humanos in vitro a partir de células testiculares “imaturas” (espermatogônias) retiradas através de biópsias testiculares de pacientes.

Essa notícia foi recebida com prudência, mas saudado como uma promessa por especialistas para o tratamento da infertilidade masculina. Pesquisadores receberam o anúncio como algo promissor, ainda que mantendo prudência sobre o seu alcance. “Se funcionar, o método traz grandes perspectivas”, afirma Nathalie Rives, diretora do Centro de Reprodução Assistida do Hospital de Rouen, entrevistada pelo jornal “Le Figaro”.

No entanto, Nathalie mantém reservas “sobre a extensão da descoberta”, considerando que “não está excluído” que os adultos com uma completa ausência de espermatozoides (azoospermia) apresentem “anomalias genéticas que também impeçam a espermatogênese (processo de produção de esperma) in vitro”.

Este estudo abre caminho para terapias inovadoras para preservar e restaurar a fertilidade masculina, um problema real na sociedade global, onde observamos há 50 anos uma diminuição de 50% na contagem de esperma”, segundo a companhia francesa Kallistem. Eles afirmam que “estudos pré-clínicos devem durar até 2016 e os ensaios clínicos devem começar em 2017”. O objetivo é comercializar a tecnologia em cinco anos.

Espermatozoides, In Vitro